quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

É ELLA

Feliz Ano Novo



sábado, 27 de dezembro de 2014

Olham para o céu

 
à espera dos que deviam chegar       
                                                         
 
 
 
continuam campos com restos de colheitas impróprias para consumo

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

 
 
 

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

"Dos Silêncios que Cantamos"


 Antologia



V.22.10

se as Aves esperam
nesse corpo que está deitado
é noite que ausente sente
o amor que preso se debate
 
na linha da mais quieta serenidade

Inez Andrade Paes

sábado, 13 de dezembro de 2014

 

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

domingo, 16 de novembro de 2014

Poema a uma Joaninha


na palma da mão
podia ser uma flor

um momento em que o suor une as linhas

mas é um insecto

que pousa
e se mostra

Inez Andrade Paes

quinta-feira, 6 de novembro de 2014


Antologia Poética organizada por Gisela Ramos Rosa
Inclui Autores de diferentes quadrantes poéticos
Pela editora COISAS DE LER





Não a tenho na mão ainda mas tenho a noção da beleza como esta capa foi pensada, e o conteúdo desta será de água

*      *        *             *
 
líquida ondulação
aperta ao longe as árvores
as plantas
circunscreve terra
amplos bocados de esperança

a palavra
a palavra

Inez Andrade Paes

segunda-feira, 27 de outubro de 2014


          há um cogumelo branco na sombra daquela casa




           há um cogumelo branco à sombra daquela casa

*

domingo, 5 de outubro de 2014


quando o abandono
separa
levemente a brisa mascara
as rugas de maresia
que se colam
às gastas partes da memória

Inez Andrade Paes


sábado, 13 de setembro de 2014

Do Zimbabwe para o Zimbabwe e o Mundo


domingo, 31 de agosto de 2014

                                                     
                                           Era uma vez um pêssego

 
 
Era uma vez um pêssego
pequeno    amarelo    com as faces rubras antes do sol nascer
Só antes do sol nascer!
E conto-vos porquê:
- porque mal o sol raiava       entre folhas amareladas     se escondia
para que durante o dia ninguém o comesse.
Pobre pêssego esse       
que apodreceu no ramo e caiu    
seco
 
Valeu-lhe o sacrifício ser hoje
uma árvore
 
Inez Andrade Paes

domingo, 24 de agosto de 2014

Eduardo White



da brusca ira se devolve
na brusca ira se envolve
levanta a cabeça
e no cansaço repartido
deixa-se cair
na mais íngreme descida
entre dois momentos
do amor

o mato de perigo
o bosque de folhas secas a amolecer 

Escrevi para ti Eduardo, neste dia 21 de Agosto de 2014. A imagem foi uma das que não coube nos "desiluminados" . Com o carinho e amor de sempre,
Inez


domingo, 10 de agosto de 2014

segunda-feira, 4 de agosto de 2014


 
“o direito de viver em Paz”
 
sacode almas que estão
em nome daquelas que não

perturba a anima calma
da anima em contradição
 
o vento que nos chega
não chega a contar-nos tudo
porque a morte o cega
e só os que lá estão são assunto
 
mas o mar traz-nos
os mortos
intactos
com um grito de pedido
 
o direito de viver em Paz
 
Inez Andrade Paes


sexta-feira, 18 de julho de 2014

"Homem a ser morto por cravos envenenados"



 
   Rui Paes
   Homem a ser morto por cravos envenenados (200 x 40), 2014
 
Em exposição a partir de hoje às 16:00 horas no Museu Nacional de Soares dos Reis, Porto.

quinta-feira, 10 de julho de 2014


bordejada de gotas luzidias
a rocha emerge

serpenteada de espuma
que surge da batida da água mais acima

Inez Andrade Paes



domingo, 22 de junho de 2014


e o mar não tarda bate em teus olhos
e sossega toda a memória que se perde leve

Inez Andrade Paes

 

quinta-feira, 5 de junho de 2014

segunda-feira, 2 de junho de 2014


apareces à porta
vestida com lenços que se arrastam
e levantam folhas

ergue-se uma luz que se amplia e segue

o amor que por nós passa

Inez Andrade Paes

domingo, 25 de maio de 2014

sexta-feira, 23 de maio de 2014

quarta-feira, 14 de maio de 2014

sexta-feira, 2 de maio de 2014

quarta-feira, 30 de abril de 2014

segunda-feira, 28 de abril de 2014

FOTO de Windmills Edition
 


CAÇA AOS ÍNDIOS
 
 Estranho o humano que assim consegue, através da força a sua imagem.
 
Cada dia que se despe, a farda deve ser mais pesada.
 
Não penso que aqueles homens, pelo menos todos os que ali se encontram, sintam a força nas mãos e no olhar a maldade.
 
Pergunto a estes homens armados sobre a essência e a razão.
 
- Porque não te despes? -
 
Inez Andrade Paes

 
 

domingo, 27 de abril de 2014



estames frágeis com pontas laranja
a formar um martelo

pétalas raiadas de sangue
rosa pálido

as flores de marmelo
olham o céu

não toques que murcham
não crescerão senão verdes e peludos
como secos e enrugados dedos
dentro da água morna

deixa-as olhar-te
e dá-lhes a mão               depois da maturação


Inez Andrade Paes

segunda-feira, 21 de abril de 2014


quem traz esse olhar a mim?
- pássaros que voam perto

dizem-me o amor a ter -
Inez Andrade Paes

sábado, 19 de abril de 2014

sexta-feira, 11 de abril de 2014

 
 
Uma vez um menino
um menino pequenino
como um rolinho de papel
enroladinho em qualquer dedinho
assim esse menino dançava
quando desenrolava
era uma vez
o enroladinho
um menino de papel
que se enrolava no meu dedinho
no mindinho
miudinho
 
 
 assim é a história deste menino
 
Inez Andrade Paes

sábado, 5 de abril de 2014



 
a chuva pesa nas tuas folhas
um arco forma-se a elas
abriga intrusos

o vento embala e manda-os embora

quando as gotas caem

Inez Andrade Paes

segunda-feira, 24 de março de 2014

sexta-feira, 21 de março de 2014

Uma prata que se estende numa possível Baía

 
 
 
 
"Cintilações da Sombra 2" Antologia poética,
Coordenada por Victor Oliveira Mateus
Editora Labirinto / Núcleo de Artes e Letras de Fafe
Será apresentada hoje por António Carlos Cortez,
às 18h.30 na Sociedade Portuguesa de Autores 

sábado, 15 de março de 2014


ternura acesa
na mão pequena
que fecha           rechonchuda
em concha

o polegar e o indicador tocam-se
e meditam

Inez Andrade Paes




 

segunda-feira, 3 de março de 2014

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

 
 
Reencontro, António Quadros
 
Era uma vez uma menina vestida de azul que voava num galo azul e misturavam-se com o céu. Levava a lua nas mãos para iluminar caminhantes.
 
Um dia a menina subiu mais alto e avistou lá de cima dois bois vermelhos com cornos iguais à lua que levava nas mãos.
 
Percebeu então que não era só ela que gostava da lua, também aqueles bois gostavam e usavam-na presa, à cabeça!
 
- Querem mostrar ao mundo a sua luz -
 
Iluminam os Bois os caminhos
Ilumina a menina, os de quem voa
 
Inez Andrade Paes
 

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014


acabou de chover
um vento repentino e tudo parado
o ar ficou limpo mas gelado

do céu um risco em ponto branco verticalmente tombado
lá vai o pássaro todo contente em direcção ao horizonte
deixando o projectado dejecto mesmo ao meu lado

dizem os entendidos que a fortuna me chega
se assim for? Que venha calada
porque de projectos assim vejo-os às dezenas e a fortuna é a mesma

os pássaros encantados e os horizontes plenos

 
Inez Andrade Paes
 
 
 

sábado, 15 de fevereiro de 2014


hoje os pássaros estão vigilantes na Ilha
o sol abarca o dia em que chegas
 
Teresa Roza D’Oliveira


sábado, 1 de fevereiro de 2014

 
 […]  Outra madrugada chega mais bela que a anterior, hoje de prata, tão aberta que contrasta com os corpos feito silhuetas dos pescadores ao longe.
Percorrendo a praia toda até ao fundo, mulheres pescam peixes minúsculos azul turquesa prateados.
- Outro viajante segredou em seus ouvidos - substituíram as capulanas de tantas cores  e desenhos que aos olhos dos pequenos peixes pareciam bancos de coral por redes finas verdes, armadilhas transparentes cor de laivos de Mar.[…]

 Inez Andrade Paes in O Mar que Toca em Ti, Pemba, 2006, pag.14

 
Hoje, 1 de Fevereiro de 2014, leio na VISÃO

Com que urgência se denota a falta da mesma urgência, em que o limite repara a inocência e escapa aos capazes? Com que urgência se espera a incapaz vontade?
Limito a ferocidade na mais leal e breve vontade, de dizer aos senhores que na terra dos corais não mandam eles mas a incapacidade.
 
Inez Andrade Paes 

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

 

O meu anjo de metal, estava hoje virado de cabeça para baixo, não sei como conseguiu dormir toda a noite assim. Arranjei-o confortavelmente logo que o vi e ouvi gemendo da posição. Creio ter sido propositada esta posição, desenvolvendo um melhor pensamento. A reflexão exacta para que a generalidade dos grandes sonhos ficassem pequenos, (assim como as crises são pensadas na cabeça dos economistas) as costuras a rebentar com o conteúdo quase à mostra e em volta a sobrevivência.
 
Raríssima forma de dormir dos anjos.
Urgência no desenvolvimento da harmonia humana.
 
Este meu anjo de metal dorme agora, não quer acender a gambiarra de Natal, com a qual se predispôs a andar todo o ano, ilumina o mundo com o pensamento, brilhante, capaz de mudar tudo, abraça os animais ao nível do humano, porque eles sim, são capazes de dar a razão da sobrevivência dos homens.

Estejam atentos aos vossos anjos, sentados nos vossos ombros. Eles dizem-vos mais do que a capacidade do que se diz humano.

Inez Andrade Paes


quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Conto de Fadas não de Reis


Três Reis
é dia de Reis



sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

CHAMAM ECOTURISMO


 Norte de Moçambique.
Quem se responsabiliza?
Continua a mortandade.