segunda-feira, 3 de setembro de 2012
as vacas gritam
com os ubres cheios de leite
ninguém lhes liga
ninguém lhes liga
chamam com mugidos ritmados
ninguém as acode
as acode e limpa
daquele leite que as obriga
para o comercio constante
ninguém as limpa
ninguém as acode
tudo as obriga
são homens de vara que nunca pariram
são homens que tiram sua simples vida
apenas querem um pasto verdejante
ninguém as acode tudo as obriga
ao curral fechado
sem luz sem prado verde
e o leite como elas empacotado
e elas estampadas com sorriso lindo
ao sonho dos homens que são da cidade
vou viver no campo
comprar uma vaca
correr com ela entre flores diversas
e dormir por cima do curral asseado
com o respirar a embalar o sono
o bafo quente a aquecer-me a cama
Inez Andrade Paes
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muito ternurento
ResponderEliminarbucólico
beijinho
Seria Platero, se não fosse verdade.
ResponderEliminarBeijo