terça-feira, 31 de julho de 2012


...

é Quirimbas é Ibo
que de sua voz me acalma
há dias em que perdida
me sinto
em casa aninhada
é Pemba       é o calor lambido
entre minhas lágrimas

e teu areal plácido


...o pequeno avião sobrevoou as línguas azuis entre claras de marfim, vi assim ainda menina. Reconheço hoje a razão dessa viagem ao Ibo..

Para que estas tonalidades se preservem, o homem deve ficar distante em volume, em tempo. Deve o homem olhar e não sobrepor o pensamento de usufruto em vantagem.
Magros olhos vêem o futuro.
A dor é imensa na retaguarda, os que amam sem proveito.
Meu sonho ainda é jovem, apesar do luto anunciado.
Preciso da urgência de saber quem liderou e quem liderará a abordagem de uma escalada para as cinzentas línguas de água.
Minto se disser que o sofrimento será de todos, porque dos que assim pensaram nas cores, não viram a transparência exacta a que se destina aquele meio e a Vida imensa que lhes foi dada.
Aguardo que alguém de bom nome se junte a mim nas palavras e busque esta razão de Vida.
De longe nunca me ausentei, preservo comigo este testemunho.
Hoje as línguas ainda são claras.

Inez Andrade Paes

2 comentários:

  1. Tudo bonito

    mas poema é lindo

    Tem muito de ADN Glória de Sant´anna

    beijinho
    gostei de ter voltado aqui
    obrigado

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  2. Obrigada pela visita, anima-me saber de Platero aqui.
    Beijo muito amigo,
    Inez

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