Não sei de quem é a imagem, não gostaria de a pôr aqui. Foi através dela, que escrevi o poema.
em penitência a um chão de cascalho quente
a criança desespera pela morte anunciada
a poucos passos a Mãe
a poucos passos a Mãe
que não o pôde ter em colo sempre magro
porque de tudo o que a manhã breve acende
as mãos dos outros homens
servem à guerra
servem ao dinheiro
servem à indiferença
servem à indiferença
o sofrimento é só deste menino
a Mãe reparte-se
e o homem ao fundo vê tudo
Inez Andrade Paes
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