sábado, 26 de maio de 2012
"em memória de tudo em que estás vivo"
não vi o velho homem que ali costuma estar a vender velas, dois pedaços de cera restavam ainda no fundo dos candeeiros, um de cada lado, e a abelha que ali sempre está quando vos visito
acendi os dois bocados de cera, a abelha pousou na pedra
uma luz para ti Mãe, outra luz para ti Pai
luzes trémulas ainda quando parti
limpei as folhas secas e as rosas soltas de pétalas
a abelha fez-me correr e dar uma gargalhada, veio atrás de mim e das rosas que levava
agora já não me custa ali ir, mesmo que daquele lugar nada seja vosso ser
a abelha guarda-vos
Inez Andrade Paes
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