quarta-feira, 17 de outubro de 2012
Sem imagem
descem mensageiros
quando me paro no pensamento
há luz no chão
quando os meus olhos lobrigam
alguma migalha
pousada entre os meus dedos do pé
logo ao lado a solidão de um insecto
que carrega a outra migalha
são cargas pesadas
a minha
e a outra
olho para o céu
e vejo clara a manhã
mas tenho uma pena imensa
quando olho para o lado
e vejo a fraca malícia de tentação vã
vem ao meu encontro e descansa essa alma cansada
não te esqueças que ontem estava escuro
hoje a manhã é límpida e a migalha está carregada
Inez Andrade Paes
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