quarta-feira, 20 de junho de 2012
Verdes Prados
a natureza corta o sopro
na imensidão do pequeno ser
entre cores
entre amor
sacia bestas e protege-as
porque de castigo o são
libertas
entre espinhos e flores
feridas a descoberto
envolve de paz
a crisálida
que aberta
liberta
mais um belo ser
traz entre as asas um pó que de ouro é
no mais ténue tom
liberto
entre puro alvo
e sombra profunda
Inez Andrade Paes
sábado, 9 de junho de 2012
sábado, 2 de junho de 2012
sexta-feira, 1 de junho de 2012
Não sei de quem é a imagem, não gostaria de a pôr aqui. Foi através dela, que escrevi o poema.
em penitência a um chão de cascalho quente
a criança desespera pela morte anunciada
a poucos passos a Mãe
a poucos passos a Mãe
que não o pôde ter em colo sempre magro
porque de tudo o que a manhã breve acende
as mãos dos outros homens
servem à guerra
servem ao dinheiro
servem à indiferença
servem à indiferença
o sofrimento é só deste menino
a Mãe reparte-se
e o homem ao fundo vê tudo
Inez Andrade Paes
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