quarta-feira, 16 de dezembro de 2020
quarta-feira, 11 de novembro de 2020
quinta-feira, 24 de setembro de 2020
sábado, 19 de setembro de 2020
domingo, 5 de julho de 2020
domingo, 14 de junho de 2020
Notícias que me chegam de Casa
CABO DELGADO 2017 - 2020
sem sossego os mortos gritam
perderam limpas areias que por baixo drenam
e à superfície brilham
bocados partidos e cravados na pele dos meninos
mentindo que a dor é nenhuma
sem sossego
ainda gritam
e os mortos em casa ficam
à espera de passagem que os faça repousar
de um longo caminho
e os mortos no mato ficam
à espera de passagem que os faça repousar
os mortos gritam
Inez Andrade Paes
terça-feira, 26 de maio de 2020
26 de Maio
esguios estão os teus dedos
hoje mais perto de mim
em segredo
dentro
neste lugar tão perto
onde as acácias esquecem as cores
e as atiram ao chão
mesmo sem vento
mesmo sem tempo
aquelas flores perfumam o lugar
Inez Andrade Paes
domingo, 12 de abril de 2020
sábado, 21 de março de 2020
MEDITAÇÃO INTERROMPIDA
do
que do tempo limite
de
reflexão
nos
impeça de amar
seja
talvez a ânsia
da
visão clara
de
que a pequena vaga que lá vem
se
transforme em onda
e
não ter o tempo necessário
para
passar para lá
como
o barco que corta a onda
e
se transporta para o mar largo
libertando-se
nas auras da plácida ausência meditativa
saber
ouvir
o silêncio
e
poder amar
a
sua ausência
transfere
para o corpo
a
desigualdade do estado
capaz
da percepção
o
perigo é
a
transformação de seres ausentes
sem
limite
porque
não podem amar
( esqueço-me
do corpo
que dança
em si mesmo
molda-se
conforme o espaço
o
pensamento
a dor que
provoca
é um pé
descalço a raspar
na rocha
acabada de partir
lembra-me
por favor
de que a
manhã ilumina as partes mais veladas
e tudo
ainda é ritmo
uma noite
só ainda só
dentro do
corpo adormecido ao fundo da
casa )
Inez
Andrade Paes
Poema publicado na Revista Reis n.º 54, Ovar - 2020
domingo, 26 de janeiro de 2020
terça-feira, 14 de janeiro de 2020
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