O calor de África não mostra o Natal mas a árvore e o Presépio que a minha Mãe fazia lembram-me de todos os melhores Natais vividos. Os da infância. Árvore alta que tocava no tecto com luzes brilhantes e bolas e anjos a serenar-nos, em cada olhar pousado neles. O Presépio persistia o ano inteiro numa mesa de canto feita pelo meu Pai. E só no Natal uma pequena e ténue luz era acesa por detrás de uma lamparina minúscula que revelava a manjedoura onde estava deitado o Menino.
A música que me fez lembrar o que vos escrevo era Adeste Fideles
Especiais imagens que nos reconfortam e nos trazem ao Natal a
presença dos ausentes.
Todo o passado se apresenta como presente e cada presente é
a satisfação da memória.
Inez Andrade Paes
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