Espero que o sol se
levante desta bruma
espasmos como açoites
em corpos frágeis por engasgos de ar envenenado
caras arrepanhadas de
dorem agonia
um impacto criado
foram homens foram homens que mataram
largaram as bombas e
fugiram
são crianças são crianças entre as penas
tantos pássaros de
asas de seda que na Síria morreram
Voem meus meninos Vossas Mães estarão à espera
Voem para o Norte que o Verão aí está a ser cruel
Voem com as vossas asas de seda
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Lembrem-se
os homens são frágeis Lembrem-se
de máscaras todos podemos ser
Mas daquelas que deviam ser as caras
são marcas pesadas e desgraçadamente falsas
As que mandaram abater
Não sintam o que não é para sentir sintam o que é para ser
Lamentem que no vosso chão a morte foi ouvida
Por gemidos de asas a bater
Que abatendo assim Pássaros
serão eles vossas sombras
No altar do amanhecer
Inez Andrade Paes
"A morte foi ouvida
ResponderEliminarPor gemidos de asas a bater"
Inez, que seus versos ecoe nesta escuridão.
Sem palavras e emocionada.
Beijo
Beijo, Nádia e obrigada.
ResponderEliminarInez